quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Minha herança


Tenho 20 anos e não tenho muitos bens. Parei para pensar nessa afirmação hoje. O que sobra de nós quando não estamos mais por aqui para representarmos?! Claro que restam lembranças, fotos, conversas, momento únicos. Mas e de concreto?
Por muito tive em meu perfil do Orkut a seguinte frase: “Já fiz até testamento que não tem nada, nada escrito já que a maior herança é a que eu vou levar comigo.” Não lembro quem é o autor, mas quem escreveu, realmente sabia das coisas. Só que no meu caso muito do que eu vou levar continuará nesse mundo.
Muito do que eu sou, foi construído através dos livros que eu li. Não tenho muitos bens, mas tenho muitos livros, que para mim são muito mais do que simples bens, são preciosidades.
Quando eu era pequena, meu pai tinha um colega de trabalho que tinha uma biblioteca em casa. Lembro que quase toda semana meu pai nos levava lá para pegarmos emprestado algum livro ou quadrinhos. Sempre que chegava o dia em que nós íamos até lá, a melhor palavra para definir aquilo era felicidade.
Claro que a paixão não acabou aí, eventualmente meu pai tinha e ainda tem que viajar a trabalho. E em um verão no fim dos anos 90 ou ínicio dos anos 2000 ouvi meu primo falando uma frase: “Quando os pais viajam trazem presentes pros filhos”. Frase que eu e meus irmãos adotamos com facilidade. Sendo assim sempre que meu pai ia viajar ele nos perguntava o que nós queríamos. Entre pokemóns, Power rangers e barbies princesas, nós sempre pedíamos livros. Passado um tempo meu pai passou a não perguntar mais o que queríamos, mas sim o nome do livro que gostaríamos de ganhar.
E eu cresci assim com livros da coleção vaga-lume, livros do Pedro Bandeira, livros do Marcos Rey. Conheci Harry Potter quando ninguém sabia do que se tratava. Cheguei até a adolescência lendo Meg Cabot. Fui crescendo e conhecendo Sidney Sheldon, Eduardo Galeano *-*, Martha Medeiros dentre incontáveis outros.
Hoje com mais de 100 livros me sinto imensamente feliz, até porque meu sonho sempre foi ter a biblioteca da Fera da Bela & a Fera.
Pra concluir eu descobri que amanhã meu pai irá viajar, tava pensando em pedir “O Livro dos abraços” do Eduardo Galeano, mas me indiquem algum livro, estou aberta a sugestões. =)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Duas décadas...

de amor!

Ontem, dia 19 de dezembro, eu completei mais um aninho de vida. Poderia ter sido um aniversário normal. Sabe? Com pessoas te desejando parabéns, felicidades, amor ... dentre tantas outras coisas. Mas ao invés de meus amigos me desejarem felicidades, ele decidiram me proporcionar a maior felicidade do mundo. E em vez de me desejarem amor, eles me deram muito, me fazendo companhia por mais de 20 horas, e fazendo eu perceber que eu não preciso de mais nada. Amor eu tenho de sobra, e é pra vocês.
Eu nunca teria palavras para descrever o quanto vocês são especiais, mas vocês de fato o são, não duvidem, nunca. No dia que eu completei 20 anos, eu ganhei o maior presente do mundo.
O meu melhor presente SEMPRE vai ser vocês!
Eu amo muito vocês!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Nem tão boa assim

Admitir que você é melhor do que eu, não é sinal de fraqueza, e sim de dignidade.
O fato de eu ser pior impulsiona a minha força de vontade em querer ser, de fato, melhor!
Posso ser pior, mas ando sempre buscando o melhor de mim, e um dia posso te alcançar, sim.
Aliás, pessoa melhor que eu, você tem a minha admiração, e terá sempre, pois quando eu for melhor que você, não vou nunca esquecer que você me ajudou a crescer!

sábado, 25 de setembro de 2010

O prato principal


Na esquina do meu apartamento vendem-se espetinhos, admito que de vez em quando dou uma passadinha por lá para comer um espetinho. Três ou quatro pedaços de carne não são capazes de matar a fome de ninguém, mas é capaz de me deixar saciada por alguns minutos. Como um tapa buraco. Nada que se compare a uma refeição completa. Mas uma refeição é algo que nos devota um certo trabalho. Sabe né, tem que acrescentar alguns ingredientes, supervisionar, tem que ter cuidado, fogo, manter quente...até ficar no ponto. E às vezes ainda é necessário reaquecer.
Fome é um negócio complicado. Você pode ter só vontade de comer, mas também pode ter uma fome controlada, do tipo que um espetinho do Geada resolve. Mas às vezes você tem aquela fome que dói, sabe? E nem sempre você tem o que comer. E aí faz o quê?
Um belo dia você acorda e resolve ir ao mercado e comprar tudo que é necessário para fazer seu prato preferido. Coloca todos os ingredientes, mais carinho, dedicação, amor e ainda um sazonzinho. O prato principal é do tipo que dá trabalho, mas vale à pena. E aí você se delicia com o prato, o SEU prato. Afinal depois de tanta dedicação todos merecem uma recompensa. Depois desse dia você decide cozinhar no outro dia, e então você decide que vai se empenhar o resto da semana, e passar muito bem obrigada.
Mas uma hora ou outra você se queima, a comida gruda no fundo da panela, a carne passa do ponto. Nem sempre manter o alto rendimento é fácil. Ainda mais se você é assim como eu, alguém que não sabe cozinhar. E aí você não come, ou come qualquer coisa, porcaria. É preciso se manter de pé. Mas manter-se de pé, não quer dizer que você esteja Bem.
Um dia devido ao acaso, você pode ter a sorte de degustar seu prato preferido, sem ter que fazer o mínimo esforço para ter ele. Tipo você se esbarra com ele em uma festa de aniversário, ou em um restaurante. Come até não poder mais, só que comer além da conta faz mal.
A fome é um sentimento muito parecido com o amor. Mas amor, não tem na geladeira, nem no drive-thru mais próximo, nem no mercado, nem no espetinho do geada. E quando você tem um relacionamento, às vezes você pode tomar todos os cuidados do mundo, mas assim como na culinária, nem sempre dá certo.

Mas a gente não desiste, né? Nem pode, um dia eu aprendo a cozinhar!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A pergunta




Agora são 2 da madrugada, eu fui abandonada, tem uma mulher MUITO bizarra sendo entrevistada no Jô, e eu comi metade da casa, animador, não?É.
Mas não é sobre a minha vida pacata numa madrugada de quarta que eu quero falar, e sim do livro aberto, mais precisamente do meu livro aberto.
Sabe, durante grande parte da minha juventude eu sempre tive um “rótulo” de misteriosa, como eu ainda não tenho uma bolinha de cristal, não sei se as pessoas ainda me acham misteriosa, mas ultimamente parece que todos sabem muito bem (PUTA QUE PARIU A MULHER, NO JÔ, FALOU A BESTEIRA DO SÉCULO) o que eu quero! Como se estivesse escrito na minha testa “Oi, eu quero chocolate!”, não que eu realmente queira chocolate (Isso também não quer dizer que eu não queira, obviamente). Mas hoje em meio a uma torradinha com requeijão eu parei pra pensar em que momento eu me tornei assim tão óbvia. Aonde foi que o mistério se perdeu, se é mesmo que ele se perdeu, ou não.
Eu me lembro na 2ª série, quando eu sabia de quem todas as minhas coleguinhas gostavam. E nem precisava ver alguma delas se exibindo pro dito cujo, com sua caixa de lápis de cor, de 24 CORES! (o que era status obviamente). Não precisava, pelo simples fato de que elas me contavam, e eu não só não contava, como não era apaixonada pelo mesmo que elas. Mas lá pela 4ª série eu acabei contando...
Claro que se na época, lá pelos meus 9 anos, eu tivesse correspondido a única investida que ele me deu, quem sabe a gente pudesse sentar próximo um ao outro, cada um olhando para direções contrárias,enquanto nós trocássemos umas 2 ou 3 palavras. Hoje fica mais fácil de descobrir os lances das pessoas por que o negócio fica bem mais físico (Tipo eu já pego na mão!).
Sendo assim, se fosse só a questão de relacionamentos, eu entenderia, mas não, sabe quando tu vai pra parada de ônibus e parece que até a moça que está na parada sabe, SIM ELA TAMBÉM SABE, aliás, TODOS SABEM, e você é a única que não sabe em que momento você se tornou assim tão previsível. É eu também não sei, mas você deve saber, afinal a previsível sou eu e talz né?!


OBS: Se alguma boa alma tiver afim de me contar, estamos aí :P

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Bonito é quem te faz bem!




Já fiquei com alguns garotos, considerados pelo sexo feminino, padrão de beleza. Ouvia comentários das minhas amigas falando bem da aparência deles, e me dando sorrisinhos como se eu tivesse ganhado algo muito bom. E realmente na hora aquilo fazia eu me sentir bem, o fato de eu ficar com alguém bonito, me levava a pensar que eu também devia ser, caso contrário ele nem me daria bola.

Mas hoje uma situação me fez parar pra pensar, e eu acabei notando que a maioria das poucas pessoas com quem eu tive alguma relação afetiva são ditas feias, ou pelo menos definidas como “não bonitas” pela sociedade. E isso não fez eu me sentir mal, muito pelo contrário. Pesando os meus “feios/não bonitos” foram muito melhores que os meus belos. Pois o que importa na verdade não é o que eu vejo e sim o que ele me faz ver...

Se ele conversa comigo, me dá atenção, se preocupa e me faz bem? Não é o que importa? Beleza física quem quiser compra; caráter, inteligência e afins não! Quem se preocupa só com a beleza, acaba evidenciando que não tem nenhum outro mérito.

Eu quero conversar sobre filosofia, futebol, política, sobre coisas cotidianas. Quero um homem que eu possa descabelar e não me faça cara feia (Eu estou pouco me importando em quanto tempo ele ficou passando gel). Que me faça rir e pensar como eu sou feliz por ter ele por perto. Se eu quisesse ter apenas algo bonito pra admirar eu comprava um quadro.

Uma vez eu e um affair acabamos, lembro que uma amiga minha ficou indignada,pois pensava que ele não conseguiria algo melhor e disse: “Será que ele não se toca que ele é feio?” Bom ele pode até ser feio aos olhos das pessoas, mas pra mim era o feio mais lindo do mundo!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Mas, afinal, por que não sorrir?



Um dia saí da aula puta, com vontade de matar meio mundo e xingar o primeiro infeliz que resolvesse cruzar meu caminho. Fui caminhando em direção ao ponto de ônibus, observando o ônibus que eu estava perdendo, fiquei 27 minutos esperando, e quando o bendito ônibus chegou, saíram pessoas de todos os lugares possíveis para adentrar nele na minha frente. Quando eu finalmente, ostentando um ar de sanguinária, consegui entrar, peguei meu cartão e esfreguei com brutalidade na maquininha, E ADVINHEM AQUELE LIXO NÃO TAVA PASSANDO!! Virei o rosto com raiva em direção ao cobrador, que pegando o cartão da minha mão falou: “Deixa eu passar pra ti, querida, tudo bem contigo?”
Passei a catraca me sentindo a pior pessoa do mundo. Parecia não fazer o menor sentido, depois de eu olhar pra ele como se fosse sugar a sua alma e vender no mercado negro, ele se importar comigo. Ele realmente não precisava, afinal, quantos cobradores se dão ao trabalho de te olhar na cara, ou te dar oi?
Mas isso me fez perceber o quão carentes de simpatia nós estamos. Depois desse ocorrido, toda vez que eu entro no ônibus do “cobrador querido” eu fico felizona, e sorrindo sozinha. E isso me fez ter vontade de sorrir para os outros cobradores, para os seguranças de boate, para as atendentes de supermercado, e tantas pessoas que não fazem a mínima noção de quem eu sou, e por qual razão eu estou sorrindo gratuítamente para elas...
Mas afinal, por que não sorrir?
Por qual motivo vou acinzentar o mundo? Se eu sou uma pessoa infeliz e frustrada, não é problema de ninguém a não ser meu, e eu não tenho que descontar em alguém que nada tem a ver com isso. Não é justo disseminar o mau alheiamente.
Sorrir é uma via de mão dupla contagia as pessoas e faz bem a si próprio!

Afinal, por que não sorrir?