terça-feira, 22 de junho de 2010

É copa do mundo!


Ontem a noite, depois da faculdade ao chegar em casa a minha mãe me ligou, tratamos de assuntos normais do cotidiano, então ela me deu tchau e eu falei: “Mãe, eu não quero que a copa acabe”.

É. eu não quero. E escrevo isso no mesmo momento em que o Messi sofre uma falta...

1990: Eu não sei exatamente como que eu me liguei tanto a essa competição, mas acho que começa aí, em 1990. Fui gerada em ano de copa do mundo, enquanto na Itália diversas seleções disputavam o título, eu brincava na minha placenta.

1994: Na copa de 1994 a pequena Michinha já havia atingido 3 anos e já podia interagir com a copa. Não disse interagir de maneira positiva, eu tinha 3 anos poxa, não fazia muito que eu havia descoberto o que era uma bola. Mas eu gritava muito “vai que é tuaaaaaaa taffarelllll” e pulava de alegria quando aparecia o “amarelinho” que era um bichinho que aparecia comemorando quando o brasil fazia gol, ou chorando quando levava. O mais engraçado é que eu tinha 3 anos, e lembro até hoje dele, mas não consigo achar ninguém que lembre, mesmo pessoas mais velhas que eu.

1998: Com 7 anos minhas lembranças são um tanto quanto vagas. Lembro do quadro que caiu na minha cabeça, e como a copa estava se aproximando meu curativo era do brasil. Ia com a família assistir os jogos, e adorava, pois eu brincava com as outras crianças. Tentava comentar algo sobre o jogo, mas nada de fundamento. Apesar de eu já saber muito bem o que era uma bola, devia fazer pouco que havia descoberto quantos jogadores podiam jogar em cada time. Quando o Brasil sofreu o gol da França eu estava em cima duma árvore. (não me pergunte se era o primeiro ou o último).

2002: O que mais me marcou na copa de 2002 foi as charges, abria todos os dias pra ver se tinha uma nova do Brasil. Sei cantar várias musiquinhas até hoje. Cantava a musiquinha da torcida coruja também. Lembro que antes da copa eu era apaixonada pelo Kaká. Como eu tenho dois estrupícios (leiam-se irmãos), na época a internet era discada, e tínhamos apenas um computador. Então meus pais determinaram que cada uma das crias após às 21:00 horas teriam 40 minutos pra usufruir da internet. Eu ocupava esse meu tempo exclusivamente para ficar baixando fotos do Kaká e lendo sofre a vida dele. Comentei que eu acompanhava direto os jogos do São Paulo? Então durante a copa adorava olhar quando filmavam o banco de reservas, e ia ao delírio quando o Kaká entrava em campo pra jogar 2 minutos. :) Acordava de madrugada para olhar todos os jogos do Brasil, e adorava quando a aula começava só no 2º período por causa da copa.

2006: Em 2006, com 15 aninhos eu já tinha uma profunda relação com futebol, tentava acompanhar o maior número de jogos possíveis, e já sabia a regra do impedimento. Faltei diversas aulas pra olhar jogos que ninguém tinha interesse, e fiz uma promessa. Pouco antes de começar a copa comentei com algumas pessoas que o Brasil não ia ganhar a copa, e que apostava que quem ia ganhar era a Alemanha. Meu deus fui praticamente considerada uma herege. Em tempos de quadrado mágico, ninguém podia ousar dizer isso. E a minha tese começava exatamente aí o Brasil joga melhor quando ta desacreditado sob pressão (como era o caso em 2002 com Felipão x Romário). Mas eu dizer que acho que o Brasil não vai ganhar, não queria dizer que eu não queria que o Brasil ganhasse. Então fiz uma promessa, pra mostrar que eu apoiava o Brasil. Prometi que ia ficar sem tomar refrigerante, quem convivia comigo naquela época sabia que ia ser quase impossível pra mim. Eu era cocólatra, ligava pra algum amigo e falava “Oi vamos comprar uma coca e sentar em algum lugar?”. Mas eu parei... e o Brasil como todos sabem, não ganhou, e não é que eu não era tão burra assim?

* Eu adorava o Niko Kranjcar que jogava pela Croácia e era filho do técnico
*eu tinha uma comunidade no Orkut: “O Beckham é lindo até vomitando!”

2010: Hoje com 19 aninhos todo mundo que me conhece sabe que eu sou perdidamente apaixonada por futebol. Minhas faltas nas quartas na faculdade costumam se basear nisso, se eu possa faltar 4 vezes, escolho os 4 jogos que vou olhar. E os outros levo um radinho, ou fujo prum bar. Ver a Mich acordando às 08:30 também assustou algumas pessoas (a Carol até achou que o relógio dela estava errado, no primeiro dia que me viu de pé nesse horário.) Tenho meu albinho da copa, vejo jogo com a minha família, faço churras com meus amigos, fomos olhar o jogo no telão da praça da república, não filmaram o nosso cartaz de “cala a boca galvão”. Acompanho grande parte da copa na terra natal do técnico da seleção, que anda revoltadinho. Participo do “bolão do apê delícia” Aposto forte na Holanda e na Espanha. Sou louca pelo Uruguai. E por fim sou brasileira. Mas que idependente de quem ganhe que seja um espetáculo lindo!


Ahhh eu amo tanto tudo isso :)

terça-feira, 15 de junho de 2010

Contradizendo meu próprio eu!

Quem me conhece sabe que várias pessoas me consideram fofinha ou meiguinha. E talvez eu até seja, tenho mania de chamar as pessoas de “coração” “amada” “queri” “amor”, dentre outros. Eu durmo abraçada num ursinho, ou melhor num coelho de pelúcia coloridinho e que tem um coração na barriga, O Guss. A minha vizinha do lado achava que eu tinha 14 anos, e a Carol, que mora comigo, diz que eu tenho síndrome de Peter Pan.
Mas quem já deu uma passadinha pelo meu Orkut deve ter se deparado com uma frase do Millôr que diz: “Confesso sou pior sozinho do que mal acompanhado.” O que causou um estranhamento em pessoas que acham que me conhecem bem. Deixa eu contar um segredo: sou extremamente revoltadinha. Apesar de ser tranqüila eu tenho amor a xingamentos. Mas não xingo por mal, muito pelo contrário xingo as pessoas que eu gosto muito, e serve pra eu saber que tenho uma relação muito próxima com elas, e se elas não se incomodam sei que é recíproco.
Por exemplo, eu adoro falar “animal”, depois de um tempo em que eu chamava de vez em quando a Marília de “animal” ela passou a me chamar de “verme”. Achei um máximo!Tenho mania de chamar o Léo de animal também, o Gui de troxa e a Gabi de vaca. Chamo a minha mãe de “veia Loca” e digo: “Mãe ó o Alzheimer”. Chamo minha irmã de idiota, e olho pro meu irmão com olhar ameaçador e digo: “eu sei onde tu dorme!”. Aliás adoro xingamentos com classe do tipo: Proxeneta, Meretriz, lazarento... Adoro falar também “Vai lá com a tua corja, infeliz!”
Não que eu não chame também a Gabi de “neguinha”, o Léo de “amado”, o Gui de “lindo”e a Marília de “flor”, por exemplo. Mas xingá-los e eles saberem que não é de coração, acredito que mostra uma proximidade muito maior do que se eu só tratasse eles de queridinho e blá blá blá. Isso quer dizer que eu amo muito eles e se xingo sei que eles me entendem e sabem que não é de coração. Então se eu te xingar, talvez seja uma forma de dizer que eu goste muito de ti, apenas demonstro de uma maneira alternativa

domingo, 6 de junho de 2010

Filosofia de Playmobil


O primeiro texto que eu escrevi aqui, há pouco mais de um ano, escrevi contando sobre o meu fascínio por escrever, coisa que não tenho feito mais com frequência desde que comecei o 5º semestre da faculdade. A parte mais prática do meu curso tem me tomado bastante tempo. Mas hoje peguei o meu caderno, no qual eu escrevia tópicos, de assuntos, que eu pensava em escrever, títulos, frases e anotações em geral. Foi como se eu pegasse um fragmento de mim, um pedaço que estava faltando.
Apesar de tudo, de estar faltando um pedaço em mim, 2010 foi um ano em que mudou MUITAS coisas na minha vida, muitas mesmo. Tem coisas que ficaram mais complicadas, mais matérias na faculdade e consequentemente menos tempo. Ter que começar a planejar o tempo, para que eu consiga estar formada, no tempo que eu espero, mesmo que para isso as minhas férias sejam roubadas.
Mas não é sobre isso que eu quero falar, e sim sobre felicidade, sobre a conquista desse sentimento tão desejado por todos, resumindo é isso. Eu estou feliz. Às vezes me falta tempo, noutras eu tenho tanto trabalho para fazer que me parece que dormir é algo impossível.Tem gente que por motivos pessoais resolveu me excluir da sua vida. E eu desenvolvi uma incrível tosse noturna, porém tenho vivido igual a um playmobil: “Nada do que possa acontecer vai tirar esse sorriso do meu rosto.”
E eu apoio completamente essa filosofia, claro, se o seu namorado te deixou, o seu cachorro morreu e o chocolate acabou, eu te deixo chorar.
Mas vamos supor algo: você descobre que seu ex vai na mesma festa que você,então você passa quase 4 horas se arrumando, e quando chega lá encontra ele acompanhado, com uma baranga.
O que fazer? Você se tranca no quarto, coloca a música que mais condiz com a situação,e chora por horas, e mais horas. Depois que conseguir desafogar das lágrimas, você xinga muito no twitter! Parabéns campeão, você não ganhou nada com isso. Pior quando for sair na rua, com a sua cara super simpática e inchada de choro, vão te olhar e achar um chato/emburrado/triste/nojentinho escolha a opção que preferir.
Quando você está mal, você provavelmente vai ficar ainda pior. Você atrai o que você transmite, lembra?! Claro, que é difícil estar bem em todos os pontos da sua vida, mas tente não prolongar a tristeza. Sei lá vai assistir uma comédia, brincar com os sobrinhos
, correr. Qualquer coisa que libere serotonina.Pois enquanto você estiver emburrado chorando, vai estar ocupado demais pra achar as coisas que te fazem feliz. Enfim, Be happy!